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A pandemia do Covid-19 despertou uma onda solidária em diversos setores do mercado, inclusive, no mundo da moda. Marcas e fábricas têxteis por todo Brasil uniram forças no combate ao novo coronavírus com a doação de máscaras, jalecos e kits de higienização para profissionais da saúde, além realizar ações que convertem parte de sua renda para áreas carentes do país.
Vide exemplo, a Cia. Hering anunciou a confecção de quase sete mil conjuntos (blusas e calças) de uniformes para a proteção de médicos e enfermeiros, que serão utilizados em centros cirúrgicos. As peças serão doadas a instituições de saúde de Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Norte, estados onde a empresa possui unidades produtivas e centros de distribuição.
Toda a produção é feita a partir de tecidos adequados para a confecção deste tipo de roupa. Em Santa Catarina, os hospitais Santa Isabel, Santa Catarina e Santo Antônio, de Blumenau, já receberam as peças. Já no Rio Grande do Norte, as doações serão enviadas para as UPAs Potengi, Dr. Leônidas Ferreira, Pajuçara e Esperança, para o Pronto-Socorro Anexo do Hospital Municipal de Natal e para o Hospital Municipal de Natal – todos localizados em Natal.
No estado de Goiás, as doações serão encaminhadas para as cidades de Paraúna – ao Hospital Municipal de Paraúna –, de São Luís de Montes Belos – ao Hospital Municipal Dr. Geraldo Lando e do Hospital Vital – e de Goianésia – cujos itens serão enviados para a Secretaria Municipal de Saúde, que fará a distribuição das doações conforme a necessidade das unidades de saúde locais.
Outra empresa que anunciou uma ação parecida foi a Dimy, trocou a produção de jeans e vestidos coloridos de suas fábricas para a de dez mil jalecos, calças e máscaras voltadas aos profissionais de saúde. As peças serão distribuídas em hospitais de Nova Trento e região de Santa Catarina.
“É hora de somar forças e fazer o bem! Esta ação é o mínimo que podemos fazer para apoiar aqueles que hoje estão doando suas vidas em auxilio ao próximo”, Comenta Miriam Bittencourt Melo, diretora da marca Dimy.
Em falta no mercado, a doação de equipamentos de proteção individual (EPIs) está entre as principais ações das empresas até aqui. Só a Vicunha Têxtil doou, na última quarta-feira, 27 mil máscaras para secretarias de saúde do Ceará e do Rio Grande do Norte, estados onde a companhia possui operações industriais no país, todas elas destinados a profissionais de saúde de hospitais públicos.
“Os itens faziam parte dos nossos estoques fabris para serem utilizados por funcionários na produção têxtil. Com o aumento dos casos do novo coronavírus no Brasil, e o alerta sobre a falta de equipamentos de proteção para profissionais de saúde devido à pandemia, decidimos disponibilizar os materiais para uso imediato no sistema de saúde”, afirmou José Maurício D’Isep, o diretor-presidente da Vicunha. A têxtil lançou ainda uma landing page para comunicar suas medidas preventivas, informações úteis sobre a pandemia e ações da marca.
Ainda entre as tecelagens, a Focus Têxtil mostrou sua solidariedade ao anunciar que, a cada um metro de tecido vendido para a produção de máscaras e vestimentas hospitalares, 10 máscaras serão doadas para hospitais e comunidades. “Quanto mais nos protegermos, mais rápido estaremos juntos novamente”, apontou o diretor executivo Yoni Stern.
A cearense Santana Textiles anunciou a doação de 20 mil máscaras no combate ao vírus, enquanto a Santista Jeanswear irá doar tecidos para a produção de 70 mil máscaras e 5 mil roupas hospitalares. Já a Cedro Têxtil doou 20 mil metros de tecidos para o governo do Estado de Minas Gerais, que serão utilizados para confeccionar itens hospitalares.
A Santana Textiles, inclusive, se juntou a Associação Comercial e Indústria de Toritama (Acit) para criação de um protótipo de uma máscara de prevenção com um tecido especial de tecelagem. A máscara pode ser utilizada por até quatro horas e é lavável, podendo ser reutilizada, diminuindo o desperdício e aumentando a economia.
Atuando ao lado da Capricórnio Têxtil e Santanense, o Instituto ITI está mobilizando uma equipe de mulheres costureiras integrantes da entidade para produzir máscaras descartáveis e capotes. A instituição, comandada pelo estilista Ronaldo Silvestre, irá entregar o primeiro lote da produção nos próximos dias à Secretaria Municipal da Saúde de Itabira, em Minas Gerais.
Vale destacar ainda que a Capricórnio Têxtil doou tecidos para a confecção de uniformes e aventais de proteção hospitalar para as Santa Casas de São Carlos e Bragança Paulista, em Santa Catarina. A empresa também fez a doação de máscaras para um lar de idosos próximo à sua planta fabril.
A Arezzo&Co também mostrou sua força ao mobilizar fornecedores de tecidos, fábricas e a Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul para produzir 25 mil máscaras de proteção. Os equipamentos serão distribuídos pelas Secretarias de Saúde em Campo Bom, Novo Hamburgo e pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.
Além disso, a empresa anunciou a doação de três mil pares de tênis para médicas e enfermeiras que estão na linha de frente do combate ao coronavírus em todo o país. “Nós sabemos que, quando cada um faz uma parte, multiplicamos nossa potência. Afinal, #juntas somos mais fortes!”, escreveu a empresa em um post na sua conta do Instagram.
Juntando-se a causa, a Aramis anunciou a campanha #VestindoHerois. A ação engloba a doação de seu estoque de mais de 5 mil peças de roupas brancas (camisetas e camisas polos), aos médicos e as equipes hospitalares que estejam combatendo o Covid-19 em hospitais de São Paulo, cidade mais atingida pelo coronavírus até o momento.
“Sabemos que não é o momento de comprar roupas e sim de ajudar o próximo. Ao desenharmos essa campanha, nos colocamos no lugar de quem mais precisa e encontramos nosso papel, mas tendo em mente que a campanha #VestindoHerois não é nossa exclusividade e sim de toda a sociedade”, pontuou Richard Stad, CEO da marca.
Maior operação integrada de gestão e sourcing para marcas esportivas como Fila e Umbro na América Latina, o Grupo Dass também doou materiais essenciais para hospitais e postos de saúde pelo país. Foram mais de 50 mil máscaras, duas mil toucas e botas protetoras, 750 jalecos e 40 macacões impermeáveis confeccionados e destinados ao centro de recebimento e distribuição de Pinhalzinho, em Santa Catarina.
Os suprimentos serão enviados aos municípios da região, mais de 25 cidades próximas receberão doações. Outra parte da produção foi fabricada em Venâncio Aires e distribuída pelas cidades de Ivoti, Sapiranga, Lindolfo Collor e Campo Bom, todas no Vale do Sinos- Rio Grande do Sul.
Também voltando suas atenções a médicos e enfermeiros, a Lupo mobilizou colaboradores que estavam em reclusão em suas casas (seguindo as normas do Ministério da Saúde), para a produção de máscaras de primeiro atendimento, destinadas à Santa Casa de Araraquara, no interior de São Paulo. Além disso, a marca está na fase final de desenvolvimento de um maquinário especial, nunca antes feito na fábrica, que realizará a costura do “plissado”, garantindo a adaptação ideal da máscara à face.
Já Grupo Reserva destinou suas doações para quatro comunidades do Rio de Janeiro: Rocinha, Complexo do Alemão, Maré e Pavão Pavãozinho. Os locais receberam, também na última quarta-feira, dez mil máscaras feitas com tecidos que seriam usados na fabricação de novas peças de roupas e seguindo todas as orientações de uma pneumologista. A produção foi responsabilidade da própria marca, ao lado de parceiros.
A marca Vila Romana também voltou seu olhar a comunidades carentes, com a doação de 20 mil máscaras produzidas com tecidos do estoque. Enquanto isto, a Lavanderia GB de Colatina, no Espírito Santo, fez uma doação de um produto criado na lavanderia para higienizar hospitais públicos.
Em Goiânia, a Fábrica de Etiquetas foi responsável pela produção e doação de 18 mil máscaras de proteção, 2.100 capotes, 1.300 botas de TNT e 500 litros de álcool gel. Os EPI’s foram entregues em Postos de Saúde da rede Pública, Hospital das Clínicas da UFG, HDT Hospital de Doenças Tropicais, Hospital do Servidor Público.
“Vimos que o exemplo arrasta mesmo. Muita gente nos procurou pra saber como produzir, pra fazer o mesmo em suas cidades e estados. E outros empresários de Confecções também fizeram ações paralelas a nossa com muito êxito e paixão”, disse Rildo Oliveira, representante da empresa.
Ainda em Goiânia, o Mega Moda, formado pelos shoppings atacadistas Mega Moda Shopping, Mega Moda Park e Mini Moda, está investindo fortemente na divulgação online das lojas do complexo para atingir os compradores de todo o país. A medida vem como resposta a quarentena imposta por conta do novo coronavírus.
A Britânnia Têxtil também se uniu ao movimento de combate ao Covid-19 com a doação de fitas elásticas para a fabricação de 14 mil máscaras para a Secretaria Municipal de Educação em Barbacena, Minas Gerais, e duas mil para o grupo de voluntários Anjos da Costura de Petrópolis, Rio de Janeiro. Além disso, os insumos geraram outros 1.467 artigos para a rede humanitária Máscara para Todos, da cidade mineira Juiz de Fora.
Vale destacar que o SENAI-Cetiqt disponibilizou em seu site um pacote de instruções à indústria têxtil para aumentar fabricação de máscaras e aventais de proteção contra o Covid-19. A ideia é ajudar empresas que desejam reorientar seu sistema produtivo e passar a produzir itens essenciais a profissionais de saúde nesse momento de crise. Para acessar, basta clicar aqui.
Partindo para a arrecadação de renda, a Mixed realiza uma venda especial de camisetas em seu e-commerce, em que 100% do valor gerado será destinado em benefício do Fundo Emergencial para a Saúde – Coronavírus Brasil. O fundo é formado pelo Instituto de Desenvolvimento do Investimento Social, o Movimento Bem Maior e BSocial, visando arrecadar doações que serão destinadas à instituições do sistema de saúde do país.
As camisetas contam com a estampa da Nossa Senhora Desatadora de Nós, responsável por libertar seus fiéis de questões difíceis na religião católica. A edição limitada das camisetas é composta por 50 itens e é possível adquiri-la aqui. A marca ainda anunciou apoia o projetos Máscaras do Bem, organização que visa produzir máscaras de algodão sem fins lucrativos, que são doadas para comunidades carentes.
A Maria Filó tem organizado inúmeras ações no e-commerce e o mais legal é que um dos motivos para tal é a preocupação com o time das lojas físicas. As compras no e-commerce passaram a contribuir para a comissão das vendedoras, gerentes e operadoras de caixa de todas as lojas da rede.
Há comissionamento de 1% do acumulado do código de vendedor para distribuição igualitária e caso determinada loja atinja a meta estipulada (ajustada para o cenário atual), além do bônus de 1% do valor acumulado do código para a equipe da mesma.
Outra empresa que direciona parte de suas vendas na contenção de danos do vírus é a Lacoste. Entre os meses de abril e maio parte das vendas da coleção 19H, comercializadas no e-commerce da marca, serão destinadas para a compra de 800 cestas básicas, que serão divididas entre o Instituto Guga Kuerten e a Fundação Gol de Letra.
Já as marcas do Grupo Inbrands, que conta com grifes como ELLUS, Richards, VR, Bobstore, Salinas, Ellus Second Floor e Tommy Hilfiger, se uniram ao Instituto Alicerce, ONG que leva educação e empregabilidade às periferias brasileiras, para apoiar a causa social. Todas as compras realizadas em seus e-commerces, terão 10% do valor revertido em doação para a compra de kits de higiene e alimentação para famílias de baixa renda.
Os produtos que fazem parte dos kits estão sendo adquiridos em pequenos comércios, garantindo um duplo impacto social e econômico nas comunidades. Entre os itens estão: água sanitária, detergente, pasta de dente, papel higiênico, arroz, feijão, macarrão, café, farinha de trigo, entre outros.
A onda solidária atingiu a Vivara, que anunciou parceria com a organização humanitária Cruz Vermelha Brasileira e a doação de dez mil kits de higiene pessoal para comunidades brasileiras, evitando a disseminação do Covid-19 em regiões de vulnerabilidade social.
O kit oferecido conta com álcool em gel, sabonete antibacteriano, máscara, além de um folheto com todas as dicas e protocolos de segurança recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. As unidades serão distribuídas nas unidades de saúde, centros de acolhida de idosos e a população em situação de rua, principalmente, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro – locais onde há o maior número de casos confirmados do novo coronavírus.
Por fim, a Levi’s® buscou fazer sua parte no combate a pandemia de maneira diferente. A marca realizou playlists especiais em seu perfil no serviço de streaming Spotify, feitas por parceiros com suas músicas preferidas, onde o mesmo valor de cada investimento nesses artistas será convertido para ONGs.
Nomes como o rapper BK, Raquel Virgínia do grupo As Bahias e a Cozinha Mineira e o DJ carioca Rapha Lima, criaram as playlists que começaram a ser disponibilizadas na última sexta-feira.
Empresas como Riachuelo e Renner, como já noticiamos, também esboçaram seu apoio na luta conta a pandemia nos últimos dias. As iniciativas são replicadas em diversas partes do mundo, principalmente nos países mais afetados da Europa, como Itália.
Fonte: Guia JeansWear