CEO's Club expande fronteiras com lançamento de embaixada em Salvador
A necessidade de viajar faz parte da natureza humana. O homem tem DNA explorador. Descobriu novos territórios, foi à Lua, ultrapassou fronteiras. Temos necessidade de ir lá e conferir o que nos contam os livros e a televisão. Queremos conferir os fatos, estar onde a história já esteve.
Já estávamos na era dos termos “wanderlust” “life stile viajante”, “turista influencer”, tudo para expressar que viajar é uma necessidade humana natural, até que, o antes nunca imaginado aconteceu. Uma pandemia mundial fechou fronteiras, cancelou embarques, os aviões pararam de decolar, o medo e a tristeza pelas mortes tomaram conta do mundo. Tivemos que ficar em casa pela nossa segurança.
O setor do turismo enfrenta a sua pior crise na história, atividades quase zeradas, e um futuro incerto. Sabemos que vai sobreviver. Mas quais serão as mudanças à que teremos que nos adaptar para voltar a viajar em um mundo pós-pandemia? O turismo pós-coronavírus é ainda uma incógnita.
Muito tem se falado em mudanças nos procedimentos de segurança e no comportamento de passageiros, e por esse motivo, as companhias aéreas já estão adotando medidas especiais para conter a disseminação de doenças contagiosas e algumas delas podem continuar em vigor mesmo após o fim da pandemia.
Já virou hábito o uso de máscaras durante os voos, disponibilizar álcool em gel, uso de luvas e roupas especiais pela tripulação. Algumas companhias aéreas foram ainda além, como a Emirates que começou a fazer testes de sangue que detectam o coronavírus durante o check-in dos passageiros, com resultados que saem em apenas dez minutos. Enquanto isso, a Etihad já está trabalhando em máquinas de self-check-in em que o próprio cliente confere a respiração, batimentos cardíacos e temperatura do corpo.
Ainda se fala em futuras posturas, como exigir um “passaporte da imunidade” que seria como o Certificado Internacional de Vacina Contra a Febre Amarela, que é obrigatório para entrar em certos países.
Também, a automação que já é uma realidade em muitos aeroportos do mundo pode ser ampliada com um maior número de máquinas de self-check-in ou com a implementação de mais sistemas automáticos de despacho de bagagem. Medidas que visam diminuir o contato entre passageiros e funcionários.
Empresas do mundo todo estão criando formas de tornar os voos mais seguros para os passageiros e tripulação pós-pandemia. Alterações nos assentos da aeronave, instalação de protetores acrílicos entre os assentos para evitar ou minimizar contatos e interações via ar, e todas essas alterações levantam questões de logística de um dos setores que movimenta trilhões no mundo, e gera milhões de empregos.
Todas as medidas já mencionadas ainda que sejam apenas especulação, indicam que a conta será alta para o setor, tendo em vista que sugerir o fim do assento do meio equivaleria às companhias aéreas voarem com apenas dois terços de sua capacidade e, consequentemente, com faturamento reduzido. As companhias aéreas já indicam que se o distanciamento social for imposto nas aeronaves, as viagens baratas acabarão, pois terão que compensar o valor perdido com os lugares vagos.
No setor da aviação, o mais próximo que vivemos disso foi em 11 de setembro de 2001, quando os ataques terroristas nos Estados Unidos mudaram os procedimentos de segurança da aviação mundial. Muitos deles perduram até hoje e já fazem parte do cotidiano dos viajantes, como a restrição de líquidos e a inspeção rígida das bagagens de mão.
No pós-pandemia, iremos querer a mesma segurança dos voos pós 11 de setembro, não quanto à armas de fogo, mas contra vírus contagiosos. E não podemos deixar de lembrar das questões relativas às fronteiras. Sendo cada país soberano em suas decisões, o turismo está suscetível à reabertura das fronteiras conforme cada país assim decidir fazer.
Na prática, só poderemos viajar com segurança depois que órgãos nacionais e internacionais, como o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicarem que é seguro fazê-lo. Todo o resto é ansiedade de viajante e especulação de um setor que precisa voltar a respirar.
Se alguma dessas alterações ou qualquer outra mudança vai realmente acontecer, apenas o tempo dirá. Enquanto isso é de total importância que se crie, com urgência, diretrizes para o setor pós-pandemia.
E, se tratando de turismo nacional, o Ministério do Turismo já divulgou a criação de um selo de boas práticas, que pretende qualificar o setor e promover o Brasil como um destino turístico protegido e preocupado em oferecer segurança aos visitantes nacionais e estrangeiros.
Até lá, é fundamental que todos mantenham as medidas de prevenção estabelecidas pelos órgãos de saúde local, como isolamento social e uso de máscaras de proteção caso precisem sair de casa. Além disso, a higienização das mãos com água e sabão e o uso de álcool em gel não podem ser esquecidos.
Como sairemos para o novo normal no turismo ninguém sabe, mas todos sabemos que temos um mundo a descobrir, e que a vontade de sair para essa descoberta não vai passar.
A dica da Riosul Turismo é de que informações confiáveis, e respeito total aos protocolos de prevenção serão indispensáveis para quem não abre mão de viajar. E sabendo que viajar é definitivamente algo que nos move e que desperta sentimentos únicos, enquanto tudo isso não passa, e as incertezas não são sanadas, podemos ao menos ir planejando quais serão os destinos das nossas viagens pós-pandemia.
Fonte: Riosul Viagens e Turismo