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Em torno de 40 a 50 indústrias estão mobilizadas para a produção de face shields, uma espécie de viseira, a serem utilizadas por profissionais da saúde em complemento às máscaras, luvas e toucas; iniciativa é liderada pelo SENAI em parceria com a Associação Brasileira da Indústria da Ferramentaria (Abinfer)
Em torno de 40 a 50 indústrias do país integram uma rede para a produção de face shields, uma proteção facial (espécie de viseira) que auxilia no enfrentamento ao coronaírus. A meta é produzir 500 mil unidades até o dia 10 de abril, destinando o material aos profissionais da saúde, que devem usar como complemento aos demais itens de segurança, como máscaras, luvas e touca. Coordenada pelo SENAI/SC e Associação Brasileira da Indústria da Ferramentaria (Abinfer), a estratégia começou com a identificação de produtores de moldes e, na segunda etapa, de empresas que fazem a injeção do plástico.
O modelo com injeção termoplástica, adotado na iniciativa do SENAI e da Abinfer, permite a produção de 360 unidades do suporte por hora. Estão sendo confeccionados 12 moldes nos estados de Santa Catarina (dois, em Joinville), Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, e que serão distribuídos para as parceiras que farão a injeção.
“Essa mobilização tem o objetivo de articular uma rede de empresas da cadeia de fabricantes de moldes e matrizes de seus fornecedores e clientes para que nós possamos agilizar o fornecimento de equipamentos de proteção aos profissionais da saúde. Como a janela de tempo que temos para produção é bastante curta, a nossa intenção é entregar 500 mil unidades de máscaras face shield até o dia dez para o Brasil inteiro”, afirma o presidente da Abinfer, Christian Dihlmann.
“As equipes do Instituto SENAI de Tecnologia estão mantendo contato com as empresas, articulando apoiadores e intermediando com a defesa civil dos estados a distribuição do material”, explica o consultor Ronaldo Carlos Rohloff.
O número de moldes pode ser ampliado com o ingresso de mais fornecedores na rede que é complementada por empresas que doam produtos – polipropileno, aço (para confecção dos moldes), elástico (para fixação da proteção facial), caixas de papelão (para embalagem) e produtos como Pet G, acetato, policarbonato e ABS transparentes para a viseira.
Ao mesmo tempo em que há a produção, hospitais e outros serviços de saúde vêm fazendo os pedidos de doação. Os pedidos vêm de todas as regiões do país. Todo o material será doado. No mercado atualmente, cada proteção tem um custo de R$ 14 ou R$ 15. Isso significa que as 500 mil peças de proteção facial correspondem a um valor de R$ 7,5 milhões.