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Em Joinville, SENAI inicia conserto de 14 ventiladores pulmonares que estavam fora de operação em UTIs

Em Joinville, SENAI inicia conserto de 14 ventiladores pulmonares que estavam fora de operação em UTIs

Em parceria com a Associação Catarinense de Medicina (ACM), a Federação das Indústrias (FIESC) e o SENAI articulam ações para ampliar número de ventiladores disponíveis, um equipamento considerado crucial nos casos graves da Covid-19; ação é desenvolvida em quatro frentes: consertos, importação, ampliação da produção nacional e adaptação de produtos similares.

O Instituto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura, de Joinville, recebeu os primeiros 14 equipamentos e está realizando consertos de ventiladores pulmonares que estavam fora de operação em UTIs por causa de defeitos apresentados. É uma ação nacional da entidade, que foi designada juntamente com montadoras de automóveis pelo ministério da Saúde para coordenarem esta atividade. A manutenção de ventiladores é uma das quatro frentes em que a entidade, que integra a FIESC, parceria da Associação Catarinense de Medicina (ACM), vem atuando para ampliar o número de ventiladores pulmonares existentes nas Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais catarinenses e do país.

É uma força-tarefa. Dois profissionais da Whirlpool se incorporaram à equipe do SENAI para esta ação. A ArcelorMittal e as montadoras Fiat, Ford, Scania, Wolksvagen e GM integram esta atividade de ação. Outros Institutos de Inovação do SENAI m todo o Brasil também estão envolvidos.

“O SENAI de Santa Catarina foi designado pelo SENAI Nacional como coordenador de uma iniciativa chamada Mais Respiradores”, explica o diretor de Inovação e Competitividade da FESC, José Eduardo Fiates. A ação é desenvolvida em quatro frentes: consertos, importação, ampliação da produção nacional e adaptação de produtos similares. “Observamospor exemplo, que as fábricas têm capacidade de produção limitada; algumas entregam quatro respiradores por mês, outras fornecem 20, outras, 40, mas nós precisamos de centenas. Estamos aproximando estas fábricas, que têm o produto, de outras, de outros segmentos, para que se possa produzir em maior quantidade”, explica.

Em outra frente, com o apoio da Intelbras, a FIESC identificou fornecedor chinês e facilitou o fechamento de um contrato de importação pelo governo catarinense de 200 unidades. As outras frentes consistem no aumento da produção nacional, na adaptação de produtos similares e o conserto de máquinas que estavam paradas por problemas em seu funcionamento. Os respiradores pulmonares são considerados cruciais nos casos de crise aguda do Covid-19.
Uma outra iniciativa nesta linha é a adaptação de respiradores de uso veterinário para a utilização em humanos. Neste caso, conforme José Eduardo Fiates, a capacidade de produção é bem maior, de até mil unidades por mês. No entanto, o produto deve ser utilizado nas fases iniciais da doença e, podendo contribuir para evitar que o paciente tenha seu estado agravado.

Uma quarta frente de atuação é o conserto de máquinas que estão danificadas e fora de uso. O Instituto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura está fazendo o conserto de alguns desses equipamentos.

Exceto a importação, as outras três frentes contam com recursos do Edital de Inovação da Indústria, mantido pela CNI e que, nesta semana, aprovou seis projetos voltados ao enfrentamento do novo coronavírus, num total de R$ 10 milhões. Além dos três projetos voltados aos equipamentos, outros dois tratam de desenvolvimento de testes de detecção do vírus e de produção de luvas de látex. Todos os projetos têm participação de Institutos SENAI de Inovação em seu desenvolvimento.

O médico Ademar José de Oliveira Paes Junior, presidente da ACM, estima que somente em Santa Catarina haverá um déficit de 200 a 300 respiradores, num cenário de cooperação das pessoas com o isolamento. “A demanda exata depende da adesão da população ao isolamento social”, afirma. Ele estima que somente o estado de Santa Catarina venha a apresentar um déficit de 200 a 300 equipamentos, num cenário de extrema colaboração da população quanto ao isolamento. O número de aparelhos em uso no país totaliza 61,6 mil, dos quais cerca de 70% estão no Sistema Único de Saúde (SUS) e 30% na rede privada, informa Paes Júnior.

Além dessa atuação no âmbito do projeto Mais Respiradores, profissionais do SENAI desenvolveram fichas técnicas e compilaram normas e regulamentos para auxiliar indústrias e laboratórios que desejam produzir aventais, álcool em gel ou líquido, máscaras e proteção facial (face shield). Os documentos estão publicados no site observatoriofiesc.com.br/suporte-producao-de-epi .

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